quarta-feira, 17 de junho de 2009

Petista entrega liderança e ataca a PCR


Uma semana após lançar críticas, na tribuna da Câmara do Recife, aos métodos adotados pela Prefeitura na negociação pelo fim da greve dos servidores da Saúde, o vereador Osmar Ricardo (PT) renunciou à liderança do seu partido. O petista afirmou que não pode continuar no posto até que seja resolvida a questão trabalhista. “Estou me afastando da liderança do PT até que se acerte essa situação. Estão enrolando os trabalhadores! A mesa de negociação virou ‘mesa de enrolação’! Nos oito anos do Governo do ex-prefeito João Paulo (PT), foram seis com greves, mas havia negociação”, assegurou o parlamentar. Ele disse que sua solicitação de afastamento foi feita através de uma carta enviada à executiva municipal.
Sem dar nomes, o vereador afirmou que há secretários municipais que “não têm poder de decisão e competência para negociar” com categorias que reivindicam revisão salarial. “Hoje, os secretários não se impõem”, bradou. Osmar Ricardo disse ainda que a “dificuldade de diálogo” da equipe do prefeito João da Costa (PT) o faz sentir saudades da época que Danilo Cabral (PSB) era secretário de Administração do Recife.
Ele solicitou ao presidente da Câmara, Múcio Magalhães (PT), a formação de uma mini-comissão de vereadores para negociar diretamente com o prefeito a questão da greve dos servidores, “já que os secretários não resolvem”. Múcio acatou o pedido e deve anunciar hoje os nomes que farão parte do grupo.
Questionado sobre a reação da bancada petista quanto ao afastamento de Osmar, Josenildo Sinésio revelou ter sido comunicado pelo correligionário no dia anterior e assegurou entender os motivos que o levaram a optar por esse caminho. Já o prefeito João da Costa disse que essa é uma questão entre o partido e a bancada. “Osmar tem uma relação com o sindicato (dos funcionários), é vereador e líder do PT na Câmara. Às vezes isso se confunde. São papéis numa mesma pessoa que têm que se diferenciar”, disse.

HUMBERTO
Osmar Ricardo também não poupou “farpas” ao secretário de Cidades do Estado, Humberto Costa (PT). O vereador afirmou que o correligionário, que “fica antecipando o debate eleitoral na Imprensa”, não pode usar os meios de comunicação para criticá-lo. “Em vez de falar isso, ele devia cuidar dos seus processos em Brasília”, disparou.

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