A Secretaria Estadual de Saúde notificou os primeiros dois casos de dengue do tipo 4 em Pernambuco. A confirmação, em exame de isolamento viral feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), detectou a presença do novo sorotipo da doença em um homem de 27 anos, residente no município de Serra Talhada, e em uma mulher de 59 anos, moradora de Serrita. Ambos estão curados e já retomaram suas atividades normais.
O homem de 27 anos apresentou os primeiros sintomas de dengue em 12 de fevereiro, e teve o diagnóstico e tratamento da doença feitos no hospital da rede estadual Professor Agamenon Magalhães, localizado em Serra Talhada. Já a mulher de 59 anos apresentou os primeiros sintomas no dia 6 de fevereiro, tendo sido diagnosticada e assistida no hospital municipal Imaculada Conceição, em Serrita. A Vigilância Epidemiológica da SES, juntamente com as vigilâncias dos municípios, está investigando a trajetória dos pacientes para saber se viajaram ou tiveram contato com pessoas de outros estados.
A doença - Segundo o secretário-executivo de Vigilância em Saúde da SES, Eronildo Felisberto, o tipo 4 tem os mesmos sintomas (dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito) dos outros circulantes (tipo 1 e 2), e o tratamento é feito da mesma forma, com repouso e hidratação. O sorotipo 4 não é mais agressivo que os demais. A diferença é que, como ele volta a circular em nosso território após 28 anos, grande parte da população tem pouca imunidade a ele, o que aumenta a possibilidade de epidemia.
Ainda segundo ele, a medida mais eficaz de todas no combate à dengue é: não deixar a água parada e evitar o acúmulo de lixo. Levantamento mostra que 90% dos focos de dengue estão dentro dos domicílios, por isso a população tem um papel fundamental no controle dos vetores.
terça-feira, 29 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Dengue tipo 4 preocupa especialistas porque maioria dos brasileiros nao têm imunidade
Brasília – Depois da confirmação de casos de dengue tipo 4 em mais três estados na última semana, especialistas mostram preocupação pelo fato da maior parte dos brasileiros não ter imunidade contra esse tipo de vírus, o que aumenta as chances de casos graves da doença.
De acordo com o infectologista Celso Granato, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o vírus tipo 4 não é mais perigoso ou letal em relação às outras variações (1,2 ou 3). Os sintomas são idênticos – dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, diarreia e vômito, assim como o tratamento.
No entanto, esse sorotipo não circulava há pelo menos 28 anos no Brasil e a maioria da população não teve contato com ele, por isso está desprotegida. Quando uma pessoa contrai um tipo de dengue cria imunidade a esse vírus, porém pode ser infectado pelos outros tipos. Por exemplo, quem teve dengue tipo 1, pode ter dengue tipo 2, 3 ou 4. A cada vez que indivíduo é infectado, maior a possibilidade de contrair a forma grave, como dengue hemorrágica.
“Uma parcela da população poderá ter dengue pela segunda vez, pela terceira vez [por causa do sorotipo viral 4]. O vírus não é pior, mas a população está suscetível. A maioria está experimentada para os tipos 1 e 3”, disse Celso Granato.
O último levantamento do Ministério da Saúde revelou que a maioria das vítimas de dengue no país é infectada pelo tipo 1. Das 1856 amostras de sangue analisadas pela pasta, 81,8% deram positivo para esse sorotipo. A dengue 4 apareceu em 5,4% das análises, apenas para os estados de Roraima, do Amazonas e do Pará.
A falta de imunidade ao vírus eleva as chances de uma epidemia de dengue 4 no Brasil. Para o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edmilson Migowski, o aumento de casos da doença não deve ser imediato. Ele prevê que o efeito deve ser sentido no verão de 2012.
“Se nada for feito para o controle do mosquito, podemos ter um cenário drástico no verão de 2012. A epidemia tipo 4 não poupará ninguém”, alerta o especialista.
O Ministério da Saúde reconhece a possibilidade de mais casos graves da doença por causa do sorotipo viral 4. Até o momento, não há epidemia em nenhum estado associada à dengue 4. De acordo com o órgão, países da América Latina e Caribe, onde há circulação do vírus, também não registraram epidemias provocadas pelo vírus. Como precaução, o governo federal recomenda às secretarias estaduais e municipais o reforço nas ações de controle do mosquito transmissor, aedes aegypti, para evitar novos casos.
“A orientação é para que sejam aplicadas medidas de contenção, com aplicação de larvicidas e inseticidas nos bairros das cidades com confirmação de casos, e visitas de agentes comunitários de saúde em 100% dos domicílios com casos suspeitos e confirmados de DENV-4. Além disso, intensificar ações de eliminação de criadouros, limpeza urbana e busca ativa de novos casos suspeitos”, informou o ministério.
Desde o início do ano, o ministério tornou obrigatória a notificação dos casos de dengue 4. No total, foram 51 casos espalhados pelos seguintes estados: Roraima (18), Amazonas (17), Pará (11), Rio de Janeiro (2), Bahia (2) e Piauí (1), conforme dados das secretarias estaduais de saúde. As primeiras notificações ocorreram em Roraima, a partir de julho do ano passado, por onde o vírus reingressou no país proveniente da Venezuela, segundo especialistas. Os registros mais recentes foram na Bahia e no Rio de Janeiro.
De acordo com o infectologista Celso Granato, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o vírus tipo 4 não é mais perigoso ou letal em relação às outras variações (1,2 ou 3). Os sintomas são idênticos – dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, diarreia e vômito, assim como o tratamento.
No entanto, esse sorotipo não circulava há pelo menos 28 anos no Brasil e a maioria da população não teve contato com ele, por isso está desprotegida. Quando uma pessoa contrai um tipo de dengue cria imunidade a esse vírus, porém pode ser infectado pelos outros tipos. Por exemplo, quem teve dengue tipo 1, pode ter dengue tipo 2, 3 ou 4. A cada vez que indivíduo é infectado, maior a possibilidade de contrair a forma grave, como dengue hemorrágica.
“Uma parcela da população poderá ter dengue pela segunda vez, pela terceira vez [por causa do sorotipo viral 4]. O vírus não é pior, mas a população está suscetível. A maioria está experimentada para os tipos 1 e 3”, disse Celso Granato.
O último levantamento do Ministério da Saúde revelou que a maioria das vítimas de dengue no país é infectada pelo tipo 1. Das 1856 amostras de sangue analisadas pela pasta, 81,8% deram positivo para esse sorotipo. A dengue 4 apareceu em 5,4% das análises, apenas para os estados de Roraima, do Amazonas e do Pará.
A falta de imunidade ao vírus eleva as chances de uma epidemia de dengue 4 no Brasil. Para o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edmilson Migowski, o aumento de casos da doença não deve ser imediato. Ele prevê que o efeito deve ser sentido no verão de 2012.
“Se nada for feito para o controle do mosquito, podemos ter um cenário drástico no verão de 2012. A epidemia tipo 4 não poupará ninguém”, alerta o especialista.
O Ministério da Saúde reconhece a possibilidade de mais casos graves da doença por causa do sorotipo viral 4. Até o momento, não há epidemia em nenhum estado associada à dengue 4. De acordo com o órgão, países da América Latina e Caribe, onde há circulação do vírus, também não registraram epidemias provocadas pelo vírus. Como precaução, o governo federal recomenda às secretarias estaduais e municipais o reforço nas ações de controle do mosquito transmissor, aedes aegypti, para evitar novos casos.
“A orientação é para que sejam aplicadas medidas de contenção, com aplicação de larvicidas e inseticidas nos bairros das cidades com confirmação de casos, e visitas de agentes comunitários de saúde em 100% dos domicílios com casos suspeitos e confirmados de DENV-4. Além disso, intensificar ações de eliminação de criadouros, limpeza urbana e busca ativa de novos casos suspeitos”, informou o ministério.
Desde o início do ano, o ministério tornou obrigatória a notificação dos casos de dengue 4. No total, foram 51 casos espalhados pelos seguintes estados: Roraima (18), Amazonas (17), Pará (11), Rio de Janeiro (2), Bahia (2) e Piauí (1), conforme dados das secretarias estaduais de saúde. As primeiras notificações ocorreram em Roraima, a partir de julho do ano passado, por onde o vírus reingressou no país proveniente da Venezuela, segundo especialistas. Os registros mais recentes foram na Bahia e no Rio de Janeiro.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Rio de Janeiro confirma dois casos de dengue tipo 4
A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (23) que duas pessoas contraíram dengue do tipo 4. De acordo com a pasta, esta modalidade da doença atingiu duas irmãs, de 21 e 22 anos, que moram em Niterói, na região metropolitana, que já se recuperaram e passam bem.
Segundo a Secretaria, como as duas não viajaram recentemente, a investigação indica que as irmãs tenham contraído a doença dentro do Esado do Rio de Janeiro.
A pasta informou que não há motivos para pânico. De acordo com a Secretaria, não existe nenhuma evidência que o vírus 4 seja mais letal ou que apresente maior gravidade dos casos em relação aos demais subtipos.
O órgão explicou ainda que os sinais e sintomas dos pacientes infectados pelo vírus 4 não diferem dos subtipos 1,2 e 3 assim como as recomendações médicas e o tratamento são iguais para qualquer paciente com dengue.
Apesar de não ser mais grave, o subtipo 4 representa risco porque a maior parte da população não teve contato prévio com o vírus. Ao contrair dengue, a pessoa se torna imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas continua sujeita à contaminação pelas outras três formas conhecidas da dengue.
Na última terça-feira (22), a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia confirmou dois casos de dengue tipo 4. O vírus não circulava no País há 28 anos, até o registro de casos em Roraima no segundo semestre de 2010. Pará, Amazonas e Piauí também já identificaram ocorrências desde então.
Segundo a Secretaria, como as duas não viajaram recentemente, a investigação indica que as irmãs tenham contraído a doença dentro do Esado do Rio de Janeiro.
A pasta informou que não há motivos para pânico. De acordo com a Secretaria, não existe nenhuma evidência que o vírus 4 seja mais letal ou que apresente maior gravidade dos casos em relação aos demais subtipos.
O órgão explicou ainda que os sinais e sintomas dos pacientes infectados pelo vírus 4 não diferem dos subtipos 1,2 e 3 assim como as recomendações médicas e o tratamento são iguais para qualquer paciente com dengue.
Apesar de não ser mais grave, o subtipo 4 representa risco porque a maior parte da população não teve contato prévio com o vírus. Ao contrair dengue, a pessoa se torna imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas continua sujeita à contaminação pelas outras três formas conhecidas da dengue.
Na última terça-feira (22), a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia confirmou dois casos de dengue tipo 4. O vírus não circulava no País há 28 anos, até o registro de casos em Roraima no segundo semestre de 2010. Pará, Amazonas e Piauí também já identificaram ocorrências desde então.
SECRETARIAS MUNICIPAIS SE UNEM PELA PRESERVAÇÃO DA ÁGUA
A Secretaria de Meio Ambiente (Semam), em conjunto com as secretarias de Educação, Esporte e Lazer; Juventude, Serviços Públicos; Relações com a Imprensa; Comunicação e Cultura; além da coordenadoria do Orçamento Participativo e a autarquia Sanear, realizaram, na manhã desta segunda-feira (21) – na Rua da Aurora, entre as pontes Princesa Isabel e do Limoeiro, a retirada de oito toneladas de lixo. A ação teve o apoio da Caixa Econômica Federal, através da ONG Moradia e Cidadania; Porto do Recife; Exército Brasileiro; Liga Pernambucana de Remo e ONG’s Quero Nadar no Capibaribe, Centro Escola Mangue e Associação Amigos da Lagoa do Araçá.
O trabalho faz parte das comemorações do Dia Mundial da Água, que acontece nesta terça (22) e ocorreu das 9h às 14h30. Dois barcos catamarã, da Prefeitura do Recife, o Capibaribe I e o Capibaribe II - utilizados na manutenção e conservação das margens do Rio Capibaribe - fizeram o recolhimento de diversos tipos de resíduos, a maior parte, material plástico.
“Ouvimos as reclamações dos pescadores sobre a grande quantidade de plástico encontrada no Rio Capibaribe. Vamos ampliar o trabalho de conscientização da população da Cidadee para que as pessoas não joguem lixo nos canais, mangues e ruas, pois ele entra pelos bueiros, segue pela tubulação e desemboca nos rios e mares”, reforçou o secretário de Meio Ambiente, Roberto Arrais.
O Dia da Água - Nesta terça (22), a partir das 8h30, no Terminal Marítimo do Recife, será comemorado o Dia Mundial da Água. Na ocasião, a Semam e seus parceiros no evento realizam diversas atividades para marcar a data. A abertura acontece com a apresentação da banda do Exército, seguida de uma regata pelo Rio Capibaribe, apresentação de teatro de mamulengos, exibição de documentários, premiação dos vencedores do concurso de fotografias sobre a água, distribuição de mudas, oficinas e exposições. Ainda haverá a participação de arte educadores, oficina Reaproveitar com Arte e debate sobre balneabilidade.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Ministério da Saúde divulga novos dados sobre a dengue no país
Número de casos caiu 37% até 26 de fevereiro, com 155.613 notificações em todo o Brasil. A situação ainda é de atenção para as regiões Norte, Nordeste e Sul
A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde divulgou novos números da dengue em 2011. Até o último dia 26 de fevereiro, foram notificados 155.613 casos em todo o país – número 37% menor do que no mesmo período do ano passado. No entanto, os cuidados preventivos devem ser mantidos e intensificados para evitar novos registros da doença. Do total de notificações, 2.365 são de casos graves e 241 de óbitos suspeitos.
A região Norte concentra 31,6% do total de casos suspeitos, com 49.101 notificações. Em seguida, estão as regiões Sudeste (27% e 42.092 casos), Nordeste (18,4% e 28.653 notificações), Centro-Oeste (12,3% e 19.066 casos) e Sul (10,7% e 16.701 casos). A maior parte dos casos (53%) foi notificada em cinco estados: Amazonas, Acre, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais (veja tabela 1).
Para avaliar a situação de cada região, o Ministério da Saúde considera ainda a incidência dos casos de dengue. Ela é alta quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes; média entre 100 e 300 e baixa entre 0 e 100 casos por 100 mil habitantes. De janeiro a fevereiro de 2011, dois estados apresentaram alta incidência da doença, 9 média incidência e 16 baixa.
“Embora a maior parte dos estados não tenham alta incidência da doença, é necessário que os cuidados preventivos sejam intensificados e mantidos, pois o período das chuvas ainda não acabou em muitos estados. Portanto, deve-se manter a situação de alerta”, destaca o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Casos graves e óbitos – A Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu 2.365 notificações de suspeitas de casos graves de dengue em todo o país. Até o momento, 471 foram confirmados; 60, descartados e 1.117 permanecem em investigação. A maior parte foi registrada no Sudeste, que somou 1.126 notificações (47,6% do total): a maioria no Rio de Janeiro (762).
Em seguida vem a região Norte, com 30% dos casos graves suspeitos do país: Amazonas e Pará notificaram, respectivamente, 438 e 195. No Nordeste foram registrados 15,8% do total dos casos graves: Pernambuco (116), Ceará (109) e Rio Grande do Norte (74) são os estados com mais notificações. O Centro-Oeste responde por 5% desses registros, sendo a maioria do Mato Grosso e Goiás (54 notificações cada). No Sul, só houve registros no Paraná (39).
Em relação aos óbitos, a Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu 241 notificações de óbitos suspeitos. Até o momento, 51 estão confirmados; 79, descartados e 112 continuam em investigação. As mortes confirmadas ocorreram no Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Goiás (confira tabela 2).
“Devemos sempre enfatizar que mesmo em situações de alta incidência de dengue é possível reduzir a ocorrência de muitos óbitos, a exemplo do que vimos no Acre neste começo de ano: apesar da alta incidência de casos, o estado só registrou uma morte por dengue”, alerta o secretário Jarbas Barbosa.
DENV- 1 – O levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde indica ainda que o sorotipo Denv-1 é o que mais tem infectado os brasileiros. Das 1.856 amostras de sangue de pacientes com sintomas da doença que foram submetidas ao processo de isolamento viral, 335 deram positivo para a dengue e houve a detecção do DENV-1 em 81,8% delas. O DENV-2 apareceu em 11% dos resultados positivos, o DENV-4 em 5,4% (apenas nos estados de Roraima, Amazonas e Pará) e o DENV-3 em 1,8%.
“O DENV-1 está em quase todas as unidades da Federação. Esse sorotipo não circulava no país desde o fim da década de 1980, o que indica que milhões de brasileiros não tiveram contato com o DENV-1 e, consequentemente, não têm imunidade contra ele, aumentando o risco de se infectarem”, explica o secretário Jarbas Barbosa.
Ações – O Ministério da Saúde tem apoiado as ações adotadas pelas secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para controlar a doença. Preventivamente, além da compra de equipamentos, veículos, inseticidas e medicamentos, o Ministério da Saúde capacitou médicos e enfermeiros, revisou manuais de diagnóstico e tratamento de pacientes pediátricos, assessorou a elaboração dos planos de contingência de estados e municípios e intensificou as ações de mídia em todo o país de acordo com o ciclo de chuvas e com os criadouros do Aedes aegypti predominantes em cada região.
Com a intensificação do período de transmissão da dengue, o combate à doença passou a ser prioridade do governo federal, por decisão da presidenta Dilma Rousseff, que determinou a criação de grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Saúde e formado por 13 órgãos federais. A notificação dos casos graves e mortes suspeitos passou a ser compulsória e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou cada um dos 16 estados com alto risco de enfrentar surto da doença neste começo de ano.
O ministro também se reuniu com representantes dos governos estaduais e municipais, lideranças empresariais, religiosas, sindicais e comunitárias para reforçar as ações de mobilização. Técnicos do Ministério da Saúde estiveram nos municípios considerados prioritários para o combate à dengue, a fim de reforçar as ações de vigilância e contribuir na preparação da rede de assistência para que os pacientes com sintomas da doença recebam um pronto atendimento.
A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde divulgou novos números da dengue em 2011. Até o último dia 26 de fevereiro, foram notificados 155.613 casos em todo o país – número 37% menor do que no mesmo período do ano passado. No entanto, os cuidados preventivos devem ser mantidos e intensificados para evitar novos registros da doença. Do total de notificações, 2.365 são de casos graves e 241 de óbitos suspeitos.
A região Norte concentra 31,6% do total de casos suspeitos, com 49.101 notificações. Em seguida, estão as regiões Sudeste (27% e 42.092 casos), Nordeste (18,4% e 28.653 notificações), Centro-Oeste (12,3% e 19.066 casos) e Sul (10,7% e 16.701 casos). A maior parte dos casos (53%) foi notificada em cinco estados: Amazonas, Acre, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais (veja tabela 1).
Para avaliar a situação de cada região, o Ministério da Saúde considera ainda a incidência dos casos de dengue. Ela é alta quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes; média entre 100 e 300 e baixa entre 0 e 100 casos por 100 mil habitantes. De janeiro a fevereiro de 2011, dois estados apresentaram alta incidência da doença, 9 média incidência e 16 baixa.
“Embora a maior parte dos estados não tenham alta incidência da doença, é necessário que os cuidados preventivos sejam intensificados e mantidos, pois o período das chuvas ainda não acabou em muitos estados. Portanto, deve-se manter a situação de alerta”, destaca o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Casos graves e óbitos – A Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu 2.365 notificações de suspeitas de casos graves de dengue em todo o país. Até o momento, 471 foram confirmados; 60, descartados e 1.117 permanecem em investigação. A maior parte foi registrada no Sudeste, que somou 1.126 notificações (47,6% do total): a maioria no Rio de Janeiro (762).
Em seguida vem a região Norte, com 30% dos casos graves suspeitos do país: Amazonas e Pará notificaram, respectivamente, 438 e 195. No Nordeste foram registrados 15,8% do total dos casos graves: Pernambuco (116), Ceará (109) e Rio Grande do Norte (74) são os estados com mais notificações. O Centro-Oeste responde por 5% desses registros, sendo a maioria do Mato Grosso e Goiás (54 notificações cada). No Sul, só houve registros no Paraná (39).
Em relação aos óbitos, a Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu 241 notificações de óbitos suspeitos. Até o momento, 51 estão confirmados; 79, descartados e 112 continuam em investigação. As mortes confirmadas ocorreram no Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Goiás (confira tabela 2).
“Devemos sempre enfatizar que mesmo em situações de alta incidência de dengue é possível reduzir a ocorrência de muitos óbitos, a exemplo do que vimos no Acre neste começo de ano: apesar da alta incidência de casos, o estado só registrou uma morte por dengue”, alerta o secretário Jarbas Barbosa.
DENV- 1 – O levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde indica ainda que o sorotipo Denv-1 é o que mais tem infectado os brasileiros. Das 1.856 amostras de sangue de pacientes com sintomas da doença que foram submetidas ao processo de isolamento viral, 335 deram positivo para a dengue e houve a detecção do DENV-1 em 81,8% delas. O DENV-2 apareceu em 11% dos resultados positivos, o DENV-4 em 5,4% (apenas nos estados de Roraima, Amazonas e Pará) e o DENV-3 em 1,8%.
“O DENV-1 está em quase todas as unidades da Federação. Esse sorotipo não circulava no país desde o fim da década de 1980, o que indica que milhões de brasileiros não tiveram contato com o DENV-1 e, consequentemente, não têm imunidade contra ele, aumentando o risco de se infectarem”, explica o secretário Jarbas Barbosa.
Ações – O Ministério da Saúde tem apoiado as ações adotadas pelas secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para controlar a doença. Preventivamente, além da compra de equipamentos, veículos, inseticidas e medicamentos, o Ministério da Saúde capacitou médicos e enfermeiros, revisou manuais de diagnóstico e tratamento de pacientes pediátricos, assessorou a elaboração dos planos de contingência de estados e municípios e intensificou as ações de mídia em todo o país de acordo com o ciclo de chuvas e com os criadouros do Aedes aegypti predominantes em cada região.
Com a intensificação do período de transmissão da dengue, o combate à doença passou a ser prioridade do governo federal, por decisão da presidenta Dilma Rousseff, que determinou a criação de grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Saúde e formado por 13 órgãos federais. A notificação dos casos graves e mortes suspeitos passou a ser compulsória e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou cada um dos 16 estados com alto risco de enfrentar surto da doença neste começo de ano.
O ministro também se reuniu com representantes dos governos estaduais e municipais, lideranças empresariais, religiosas, sindicais e comunitárias para reforçar as ações de mobilização. Técnicos do Ministério da Saúde estiveram nos municípios considerados prioritários para o combate à dengue, a fim de reforçar as ações de vigilância e contribuir na preparação da rede de assistência para que os pacientes com sintomas da doença recebam um pronto atendimento.
Assembléia Sindacs PE
O Sindacs Convoca a todos os Acs e Asaces Para uma reunião que será realizada no Dia 30/03/2001 ás 14hs no Auditório do Sindisprev. Contamos com A presença de Todos
Semana da Água une ciência e diversão para conscientizar
Que a água é essencial à vida todos sabem, mas nem todo mundo se preocupa em contribuir para a preservação desse recurso natural finito. Investindo nas crianças e jovens como multiplicadores da mensagem de conscientização sobre a importância de cuidar dos recursos hídricos, o governo de Pernambuco realiza a Semana da Água, de 21 a 25 de março, para atender a 12 mil alunos de 4ª a 6ª série do ensino fundamental. O evento terá programação no Recife (Espaço Ciência ), Caruaru (Universidade Federal de Pernambuco-Campus Agreste) e, pela primeira vez, também em Petrolina (Círculo Militar).
A iniciativa da Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos (SRHE/PE), Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) traz para os estudantes uma programação repleta de atrações como teatro, experimentos, jogos lúdicos, oficinas, exposições e maquetes, que além de ensinar melhores maneiras de utilizar água, mostra a necessidade de racionalizar o uso. A programação será oferecida todos os dias, no período da manhã e tarde.
Visando facilitar o acesso dos alunos de escolas públicas (estaduais e municipais) das cidades atendidas pelo evento, a organização irá disponibilizar transporte gratuito. A marcação para a visita deverá ser feita pelo professor que irá acompanhar a turma de alunos durante o evento. Ao todo, serão disponibilizados ônibus para 30 escolas públicas em Caruaru e mais 30 em Petrolina, além de 80 instituições de ensino do Recife e dos municípios de Olinda, Paulista, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes.
As instituições que já possuírem transporte ou escolas particulares interessadas em participar do evento também devem fazer o agendamento. No Recife a visita é marcada pelo Espaço Ciência, através do telefone 3183.5531. Já em Caruaru e Petrolina, o agendamento deve ser feito pelo site. O agendamento pode ser feito a partir do dia 14.03 até o encerramento das vagas, através do endereço www.semanadaagua.pe.gov.br.
A Semana da Água é um evento em comemoração ao Dia Mundial da Água (22 de março), instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1992. Este ano, o evento em Pernambuco tem apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) através do qual será trabalhada junto às crianças visitantes do evento, a importância da água e sabão na lavagem das mãos como medida simples para combater doenças e preservar a saúde.
Na organização do evento são parceiros o Espaço Ciência (Recife), a UFPE - Centro Acadêmico do Agreste (Caruaru) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), através do Espaço de Ciência e Cultura. Diversas instituições cederam atrações para o evento, como a Prefeitura da Cidade do Recife, Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), Asa Indústria e Comércio, Secretaria de Saúde de Caruaru, Fundação de Cultura de Caruaru, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Secretaria de Educação de Petrolina e Rotary Club.
SECRETARIA DE SAÚDE LEMBRA O DIA MUNDIAL DA ÁGUA
Cerca de 70 ASAs participaram de caminhada em Boa Viagem, conscientizando a população sobre o uso responsável da água
Por Kellen Lima
Ao som de “Planeta Água”, de Guilherme Arantes, cerca de 70 Agentes de Saúde Ambiental (ASA) fizeram, na manhã desta segunda-feira (21), uma caminhada pela Avenida Boa Viagem, no trecho compreendido entre a Pracinha do terminal e o edifício Acaica. O ato promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Saúde, foi para lembrar o Dia Mundial da Água, a ser comemorado nesta terça-feira (22).
Durante a caminhada, os ASAs distribuíram material educativo e hipoclorito de cloro, além de informações aos transeuntes e banhistas sobre o uso do produto para o tratamento da água e o seu consumo responsável. “Conscientizar sobre a riqueza da água e evitar seu desperdício é o nosso grande objetivo. E também queremos mostrar às pessoas como se deve tratá-la para lidar com os alimentos”, explicou Andrea Lima, gerente da Vigilância Ambiental do Distrito Sanitário VI.
“Eu acho que posso ser um agente transformador porque se cada um fizer um pouquinho, fizer sua parte, acredito que podemos modificar o mundo. Tratar a água e não estragar é importante para todos nós”, disse o Asinha Rafael Petrônio, que participou do ato. Já a aposentada Maria das Graças Souza, 70 anos, que caminhava pela avenida quando foi abordada pelos agentes, disse que “é muito importante as pessoas lembrarem de um bem tão precioso, mas que pode chegar ao fim”.
Em um estande montado em frente ao edifício Acaica, ponto final da caminhada, uma equipe técnica atendia a população, ensinado a lavar frutas, verduras e legumes a partir do uso do hipoclorito de cloro. Informações relevantes sobre a água também foram repassadas aos que visitaram o local. A programação alusiva ao Dia Mundial da Água acontece em diversos pontos da Cidade e segue até a próxima quarta-feira (23). Oficinas de pintura, fotografia, palestras, apresentação de vídeos, distribuição de jogos educativos, teatro de mamulengos, entre outros fazem parte das atividades previstas para a semana.
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