quinta-feira, 2 de julho de 2009

Reajuste será votado à revelia

Há 33 dias em greve, os auxiliares e técnicos de enfermagem vinculados à Prefeitura do Recife foram surpreendidos com um projeto de lei enviado à Câmara dos Vereados do Recife, que prevê um aumento de 4% para todas as categorias da prefeitura que não fecharam acordo previamente com a gestão. Para o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Sindate), Francis Herbet, a postura da gestão está usando um artifício político para não negociar com a categoria. “Ele mandou esse projeto, agora, porque a Câmara está prestes a entrar em recesso e deve aprovar ou não o projeto de lei com urgência, antes do início do recesso”, afirmou Francis, que se mostra indignado com a possibilidade de não voltar a negociar com a prefeitura.
De acordo com Francis Herbet após aprovar esse projeto de lei, os vereadores entram em recesso e a categoria só terá a possibilidade de voltar a negociar com a prefeitura em agosto. A categoria foi informada da situação por meio de vereadores da oposição que estavam presentes em uma audiência pública realizada na última terça-feira na Câmara. “Ele (João da Costa) está empurrando o que ele quer nesse projeto para não negociar com a gente. Nossas reivindicações não foram atendidas e, mesmo assim, o projeto está prestes a ser aprovado na Câmara”, declarou.
A greve dos auxiliares e técnicos de enfermagem prejudica os atendimentos na rede. Serviços elementares como aplicações de vacinas, realização de curativos, distribuição de medicação e coleta de sangue ficam sem ser prestados aos pacientes que necessitam deles. Quanto ao projeto de lei, por meio de nota, a assessoria de imprensa da PCR confirmou o envio do documento à Câmara de Vereadores e esclareceu que a proposta de 4% foi aprovada durante mesa de negociação com os servidores, assim como foi firmado o compromisso de discussão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e o reajuste no ticket-alimentação, que passará de R$ 9 para R$ 10 em janeiro de 2010. No entanto, a prefeitura garantiu que as conversas setoriais com algumas categorias, como a dos técnicos e auxiliares de enfermagem e assistentes sociais prosseguirão até que as partes cheguem a um acordo. O texto ainda assegurou que a votação do projeto de lei deve ser realizada a tempo do incremento ser incluído nos vencimentos de julho.

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