quinta-feira, 14 de maio de 2009

Médicos do Recife ameaçam parar de novo

Os médicos do Recife, que realizaram uma paralisação de 48 horas - encerrada ontem - decidiram que continuarão com o movimento, que teve 90% de adesão. Uma nova paralisação de dois dias já está marcada para a próxima quarta e quinta-feiras, com manifestação nas policlínicas do Ibura e Afogados. Uma nova assembleia será realizada na manhã da quinta-feira para decidir o futuro da categoria.
Na policlínica Agamenon Magalhães, em Afogados, o movimento estava tranquilo. Segundo a dona de casa Maria da Conceição Silva, 49, que levou o filho até o posto, o enfermeiro responsável pela triagem avisava frequentemente que a prioridade do atendimento, ontem, eram pessoas com febre, idosos ou casos graves. “Um monte de gente desistiu de esperar e foi embora”. Apesar do atendimento estar aparentemente normal, o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Antônio Jordão, informou que os profissionais que estão trabalhando são médicos do Estado a serviço do município.
Diante das paralisações, a Prefeitura do Recife reforçou a assistência na rede municipal. Todos os plantões das policlínicas com urgência e emergência tiveram um incremento de enfermeiras para triagem e atendimento aos casos considerados leves. Em resposta às reivindicações da categoria, a secretaria municipal de saúde, por meio de nota através da assessoria de Imprensa, informou que mantém o posicionamento inicial e que todos os canais de negociação estão abertos, principalmente quando se trata das condições de trabalhos.
HGVOs médicos residentes do setor de ortopedia e traumatologia do Hospital Getúlio Vargas (HGV) ainda não têm previsão de voltar ao trabalho e podem ganhar a adesão dos preceptores na paralisação. Os médicos decidem em assembleia na próxima terça-feira se aderem ou não ao movimento. “É muito importante saber que eles estão apoiando nosso movimento”, afirmou o médico residente Paulo Girão. Por meio da secretaria estadual de saúde, a Direção do HGV mantém seu posicionamento e informa que melhores condições de trabalho para os residentes e demais profissionais da unidade é uma meta buscada pelo HGV.

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